domingo, 25 de abril de 2010

Critérios de Diagnostico (DSM - IV - TR)

A. A pessoa foi exposta a um acontecimento traumático em que ambas as condições seguintes estiveram presentes:
1) A pessoa experimentou, observou ou foi confrontada com um acontecimento ou acontecimentos que envolveram ameaça de morte, morte real ou ferimento grave, ou ameaça à integridade física do próprio ou de outros;
2) A resposta da pessoa envolve medo intenso, sentimento de desprotecção ou horror. Nota: em crianças isto pode ser expresso por k agitado ou desorganizado.

B. O acontecimento traumático é reexperienciado de modo persistente de 1 (ou mais) dos seguintes modos:
1) Lembranças perturbadoras intrusivas e recorrentes do acontecimento que incluem imagens, pensamentos ou percepções. Nota: em crianças muito novas podem ocorrer brincadeiras repetidas em que os temas ou aspectos do acontecimento traumático são expressos:
2) Sonhos perturbadores recorrentes acerca do acontecimento. Nota: em crianças podem existir sonhos assustadores sem conteúdo reconhecível;
3) Actuar ou sentir como se o acontecimento traumático estivesse a reocorrer (inclui a sensação de estar a reviver a experiência, ilusões, alucinações e episódios de flashback dissociativos, incluindo os que ocorrem ao acordar ou quando intoxicado). Nota: em crianças podem ocorrer representações de papéis específicos do acontecimento traumático;
4) Mal-estar psicológico intenso com a exposição a estímulos internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a aspectos do acontecimento traumático;
5) Reactividade fisiológica durante a exposição a estímulos internos e externos que simbolizem ou se assemelhem a aspectos do acontecimento traumático.

C. Evitamento persistente dos estímulos associados com o trauma e embotamento da reactividade geral (ausente antes do trauma), indicada por 3 (ou mais) dos seguintes itens:
1) Esforço para evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associados com o trauma;
2) Esforços para evitar actividades, lugares ou pessoas que desencadeiam lembranças do trauma;
3) Incapacidade para lembrar aspectos importantes do trauma;
4) Interesse ou participação em actividades significativas fortemente diminuídos;
5) Sentir-se desligado ou estranho em relação aos outros;
6) Gama de afectos restringida (ex: incapaz de gostar dos outros);
7) Expectativas encurtadas em relação ao futuro (ex: não esperar ter uma carreira, casar, ter filhos ou um desenvolvimento normal de vida).

D. Sintomas persistentes de aumento da activação (ausentes antes do trauma), indicados por 2 (ou mais) dos seguintes itens:
1) Dificuldade em adormecer ou em permanecer a dormir;
2) Irritabilidade ou acessos de cólera;
3) Dificuldade de concentração;
4) Hipervigilância;
5) Resposta de alarme exagerada;

E. Duração da perturbação (sintomas dos Critérios B, C e D) superior a 1 mês.

F. A perturbação causa mal-estar clinicamente significativo ou deficiência no funcionamento social, ocupacional ou qualquer outra área importante.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Para muitos veteranos de guerra, a guerra nunca acaba…


O Stress Pós-Traumático é uma forma de ansiedade, que se segue à experiência de um acontecimento particularmente traumático sobre o plano psicológico. A experiência traumatizante é exterior ao indivíduo, fora dos acontecimentos comuns da vida humana, como sejam as situações de guerra, tortura, abuso sexual, catástrofes naturais, desastres provocados pelo homem, situações onde a maioria das pessoas não tem capacidade de desenvolver as reacções mas adequadas. Imagens, pesadelos, sensações corporais inexplicáveis, mantêm a vivência de um mal-estar incontrolável e muitas vezes quase insuportável. Para além desta “revivência” contínua, as sensações de embotamento emocional, dificuldades de concentração, instabilidade e dificuldades de controlo de impulsos tornam difícil a construção de uma vida pessoal, familiar e social alternativa. Esta situação pode tornar-se numa doença psiquiátrica crónica, marcada por surtos e remissões. As investigações clínicas apontam para a ocorrência de alterações neurobiológicas do Sistema Nervoso central e periférico nestes casos.